
"Aquilo que a gente vê na televisão é o fruto do grande investimento no campo da tecnologia. Eles (perícia americana e européia) estão muito a nossa frente, não só em nível de Rio Grande do Norte, mas em nível de Brasil. Na realidade, não é bem daquele jeito. As provas não estão tão fáceis como aparece na televisão, mas a grande diferença mesmo é a tecnologia que eles dispõem. A gente precisa de muito mais investimentos para chegar a esse patamar", reconhece a delegada Cristiane Bezerra de Souza Santos, diretora-geral do Itep no RN, ressaltando que, apesar das dificuldades, haverá melhorias.
Aqueles exames mais complicados, como a identificação de corpos a partir de exames de DNA, não são realizados pelo Itep do Rio Grande do Norte por falta de estrutura. Porém, exames mais comuns, como a balística, que detecta qual o calibre da arma usada em um assassinato, por exemplo, ou a perícia necroscópica, que mostra as circunstâncias da morte, esses são realizados pelo Itep de Mossoró, Natal e de Caicó, cidades onde o órgão funciona. Apesar das dificuldades, Cristiane enfatiza que a maior parte dos homicídios registrados nas cidades é elucidada, de fato, pela perícia criminal do Itep.
"A perícia segue vários passos. O trabalho dos peritos não é feito apenas no local do crime. Tudo que é encontrado no local poderá dizer muitas coisas depois, como, por exemplo, o que ocorreu naquele local. Na perícia do local, é feita coleta de digitais, alguma cápsula de bala que tenha ficado, ou algum elemento que foi deixado no local pelos acusados e que poderá ajudar na investigação", enumera a diretora-geral do Itep do RN, lembrando, por exemplo, que um crime pode ser descoberto a partir de um fio de cabelo deixado pelo bandido ou por uma mancha de sangue. "Tudo é analisado depois", diz.
Fonte: http://www.defato.com
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